quarta-feira, 24 de março de 2010

Sistema imunológico


Por Jocelem Mastrodi Salgado - Alimentos que fortalecem o sistema imunológico

Desde o momento que nascemos estamos expostos a bactérias, vírus, fungos e outras substâncias estranhas que podem agredir nosso organismo, atacando-o a qualquer momento. Entretanto, para combater esses inimigos nosso corpo está equipado, dispondo do que chamamos de sistema imunológico, ou seja, um "exército" de células específicas que estão sempre alertas e prontas para defendê-lo de agentes estranhos.
Contudo, esse sistema pode muitas vezes ficar fragilizado, debilitado, e quando isso acontece nós nos tornamos suscetíveis à todos os agentes estranhos já citados, que tendem a provocar resfriados, gripes ou outras doenças mais sérias, como infecções generalizadas e até mesmo o câncer.
Entre os fatores que podem acarretar prejuízos para o sistema imunológico destacamos o estresse físico, ambientais (por exemplo a poluição), emocionais (por exemplo a depressão) e a alimentação desequilibrada, que eu considero como sendo o mais importante.
Sistema Imunológico
A função do sistema imunológico consiste em reconhecer cada um dos tecidos, células, proteínas.... do organismo para distingui-las de uma ampla variedade de agentes patogênicos e substâncias estranhas. Neste processo, os linfócitos T, células pequenas que fazem parte dos glóbulos brancos sangüíneos (também conhecidos como leucócitos), têm grande importância.
Durante o desenvolvimento fetal, o sistema imunológico "aprende" a distinguir as substâncias próprias do organismo; com isso mantém desativados os linfócitos T que reagiram diante das mesmas. Mas quando um agente estranho, como por exemplo uma bactéria, invade nosso corpo, essas células são ativadas com o objetivo de defender nosso organismo dos possíveis prejuízos que a bactéria causará. É por isso que os linfócitos são freqüentes em áreas de inflamação crônica, pois eles estão ali para exercerem sua função imunológica. E é por isso que num exame de sangue, a taxa alterada dessas células pode indicar que algo vai mal com nosso sistema imunológico.
Uma concentração anormal, maior que o valor de referência pode indicar por exemplo infecção. Já no caso de indivíduos infectados pelo vírus da aids, a destruição da função desses linfócitos pelo vírus resulta numa deficiência imunológica e conseqüente vulnerabilidade a infecções oportunistas potencialmente fatais.
Os alimentos que mantém o sistema imunológico em dia
Um indivíduo bem nutrido, que se alimenta de frutas, verduras, legumes e grãos está muito mais bem preparado para enfrentar gripes, infecções e outras doenças do que um indivíduo mal nutrido, cujo cardápio é rico em alimentos gordurosos, processados e com excesso de açúcar. Isto porque as vitaminas e minerais que potencializam as nossas defesas orgânicas estão presentes em grande quantidade nas frutas, grãos e hortaliças em geral.
As principais vitaminas e minerais que atuam fortalecendo nosso sistema imunológico são as vitaminas A, C, E e ácido fólico e os minerais zinco e selênio. A seguir mostraremos quais são as principais funções imunológicas de cada um desses nutrientes e em quais alimentos são mais encontrados.
Vitamina A - Essa vitamina apresenta um papel muito importante na manutenção da integridade das membranas mucosas. Por isso, a sua deficiência no nosso organismo provoca uma redução do número de linfócitos T circulantes, aumentando a probabilidade de infecções bacterianas, virais ou parasitárias. Os alimentos considerados ricos nessa vitamina são: cenoura, abóbora, fígado, batata doce, damasco seco, brócolis, melão.
Vitamina C - Essa vitamina antioxidante estimula a resistência às infecções através da atividade imunológica de leucócitos. Ela aumenta a produção dessas células de defesa, que tem efeito direto sobre bactérias e vírus, elevando a resistência a infecções. Acerola, frutas cítricas (limão, laranja, lima), kiwi, caju, tomates e vegetais folhosos crus são fontes excelentes. Morangos, repolho e pimentão verde são boas fontes. Mas não se esqueça: a vitamina C é facilmente destruída pela luz e pelo calor. Um suco de laranja com acerolas, por exemplo, deve ser consumido imediatamente após preparo para que não haja grande perda da vitamina C.
Vitamina E - Essa vitamina tem a capacidade de interagir com as vitaminas A e C e com o mineral selênio, agindo como antioxidante. Sua função primordial é proteger as membranas celulares contra substâncias tóxicas, radiação e os temerosos radicais livres que são liberados em qualquer reação química do organismo e podem causar sérios danos às estruturas das células, detonando o processo de envelhecimento e desencadeamento de algumas formas de carcinogênese. Alimentos ricos em vitamina E são o germe de trigo (fonte mais importante), óleos de soja, arroz, algodão, milho e girassol, amêndoas, nozes, castanha do Pará, gema, vegetais folhosos e legumes.
Ácido fólico - Essa vitamina é essencial para a formação dos leucócitos (glóbulos brancos) na medula óssea. Alimentos ricos em ácido fólico são fígado, feijões e vegetais folhosos verde escuros (brócolis, couve, espinafre).
Zinco - Esse mineral atua na reparação dos tecidos e na cicatrização de ferimentos. Uma deficiência de zinco resulta em diversas doenças imunológicas; a deficiência grave causa linfopenia (grande diminuição do número de linfócitos). Fontes alimentares importantes de zinco são as carnes, peixes (incluindo ostras e crustáceos), aves e leite. Cereais integrais, feijões e nozes são também boas fontes.
Selenio - Assim como a vitamina E, esse mineral possui grande capacidade antioxidante, ou seja, neutraliza a ação dos radicais livres (formados devido a ação dos raios solares, poluição, fumaça de cigarro, entre outros) no nosso corpo, retardando o processo de envelhecimento e evitando o desencadeamento de algumas formas de câncer. Castanha do pará, alimentos marinhos, fígado, carne e aves são os alimentos mais ricos em selênio.
Veja agora alguns dos alimentos que apresentam propriedades benéficas para seu sistema imunológico.


Iogurte e leite fermentado - Também conhecidos como pro- bióticos eles possuem microrga nismos vivos que recuperam a flora intestinal e fortalecem o sistema imunológico

Alho - Excelente agente antibacteria- no, além de possuir substân- cias que previnem o câncer gástrico e doenças cardiovasc. 

Cogumelo Shitake - Esse cogumelo possui lentinan, uma substância que aumenta a produção das células de defesa do organismo


Acerola - Fruta riquíssima em vitamina C (30 a 50 vezes mais que a la- ranja). Essa vitamina age na reconstituição dos leucócitos em períodos de queda de resistência

Gengibre - Excelente alimento que ajuda no fortalecimento do sistema imunológico

Últimas Considerações
A alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos, proporciona ao nosso organismo nutrientes importantes para o bom funcionamento do sistema imunológico. Acredito que as pessoas que seguem uma alimentação deste tipo, adquirem defesas próprias contra as mais variadas doenças, tornando-se mais fortes que elas, e isso, com certeza, propicia tempo e qualidade de vida maiores.

sábado, 20 de março de 2010

> Aloe Vera ou Babosa


ALOE VERA, A 'PLANTA MILAGROSA'- Paulo Viana - Editora GLOBO 1997 -



Suas folhas são viscosas, pontiagudas e sua cor varia do cinza ao verde brilhante, passando pelo amarelo. Seu toque é suave, semelhante à borracha e o interior parece ser feito de geléia.

Personagens importantes na história, como Cleópatra e Alexandre, o Grande, eram seus admiradores.

Os índios americanos já a chamavam de varinha de condão celeste quando Cristóvão Colombo a descobriu, dando-lhe o nome de médico vegetal. Na Grécia antiga, suas aplicações curavam desde a dor de estômago até a queda de cabelo, passando pelas alergias, dores de cabeça, manchas na pele, queimaduras e ferimentos em geral.

Cientistas soviéticos descobriram, recentemente, que ela é capaz de curar também congestão nasal.

Conhecida há pelo menos três mil anos, somente, no último século é que a misteriosa e mágica babosa - chamada também de Aloe Vera - conquistou o interesse da ciência oficial.

Hoje em dia, vários centros de pesquisa nos hospitais e na indústria cosmética estão trabalhando para conhecê-la e aplicá-la nas suas múltiplas funções.

Pertencente à família das Liliáceas, da qual fazem parte a cebola, o nabo e os aspargos, a erva babosa apresenta-se em mais espécies, algumas delas sendo mais eficientes que outras. Suas aplicações, atualmente, embora não totalmente conhecidas, expandiram-se e abrangem problemas como a artrose, a acne, a úlcera e até cardiopatias.

Há produtos no mercado norte-americano que prometem a cura do diabetes, do câncer e até da tuberculose.

No entanto, as reconhecidas propriedades antiinflamatórias e antibacterianas da babosa ainda não foram testadas em seres humanos portadores dessas doenças.

Em função disso, há uma divergência de opiniões entre os produtores e processadores da planta e o órgão federal americano FDA- Food and Drug Administration, responsável pelo controle da produção e comercialização de todos os produtos químicos à venda no território americano.

Relatórios do FDA têm sido publicados recentemente, mostrando uma grande preocupação com a base científica de promessas envolvendo a cura de tais doenças.

Pesquisa realizadas por vários especialistas são cada vez mais frequentes e parece estar surgindo um consenso científico bastante tranquilizador.

A verdade é que, por ser considerada por muitos como a legítima panacéia universal, a babosa, ou os produtos que a têm como componente da fórmula vende como água no deserto, e o resultado de suas aplicações tem sido fantástico.

Considerada pela comunidade cientifica como antibiótico, adstringente, coagulante, inibidora da dor e estimulante da regeneração dos tecidos e da proliferação das células, essa planta milenar vem conseguindo o respeito de todo o planeta. E, mesmo com toda a tecnologia do séc. 2O, ainda não se descobriu todo o seu potencial.

A Aloe Vera nome pelo qual ela se apresenta em vários produtos cosméticos é constituída de 96% de água e de 4% de complexas moléculas de carboidratos. É essa água toda que a toma capaz de exercer o seu mais importante papel: o de penetrar profundamente em qualquer tecido e lá operar seus efeitos prodigiosos.

Em sua composição foram identificadas inúmeras substâncias. Entre elas estão polissacarídeos contendo glicose, galactose e xilose, tanino, esteróides, ácidos orgânicos, substâncias antibióticas, enzimas de vários tipos, resíduos de açúcar, uma proteína com 18 aminoácidos, vitaminas, minerais, sulfato, ferro, cálcio, cobre, sódio, potássio, manganês e outras.

A mistura de todos os ingredientes ativos na babosa obtida através da geléia que fica dentro da folha e é responsável pela amplitude do seu poder de cura. Por exemplo, uma das enzimas é capaz de destruir uma substância formada na inflamação, enquanto outra substância reage com as enzimas destrutivas e corrosivas, apressando a sua morte.

A vitamina C, encontrada em grandes quantidade na babosa, ajuda a manter a saúde dos vasos sanguíneos, promovendo com isso uma boa circulação.

O potássio, por seu turno, colabora para a manutenção do ritmo cardíaco, além de estimular as funções renais, o que faz da babosa uma verdadeira faxineira no seu corpo.

O cálcio acelera a coagulação e a ativação das enzimas. O cálcio também é responsável pelo controle dos movimentos cardíacos.

O sódio, trabalhando junto ao potássio, estabiliza o nível de hidratação do organismo.

O manganês oferece condições para que as enzimas digestivas trabalhem com maior eficiência, impedindo à formação das dolorosas pedras no rim.

Ele tem-se mostrado útil no tratamento da angina e também da trombose das coronárias.

O ferro operando em equipe com as hemoglobinas, ajuda a transportar oxigênio para as células.
Estas são algumas das funções conhecidas da geléia da babosa no nosso organismo.

Mas é interessante observar que essas substâncias só podem agir com tanta eficiência graças à capacidade que a Aloe Vera tem de penetrar nos tecidos, digerindo o tecido morto pela ação e suas enzimas e intensificando a proliferação normal das células.

Há relatórios comprovando que a atividades das enzimas da babosa reduz e em alguns casos elimina cicatrizes, manchas do fígado, rugas, bolhas e outras marcas.

Numa área afetada por alguma ação externa, como uma ferida ou uma mordida de cobra, por exemplo, os desintoxicantes naturais da babosa participaram do processo de cura pela inibição dos efeitos inflamatórios ou venenosos.

Novamente, através do seu extraordinário poder de penetração, a erva reduziria o sangramento pela ação coagulatória, regenerando o tecido.

No caso de atletas contundidos, ou machucados, a utilização da planta tem-se mostrado altamente eficaz, tendo-se registrado casos de restabelecimento em menos de 15 dias.

MÁ DIGESTÃO? SUCO DE BABOSA


As pesquisas americanas e soviéticas sobre a Aloe tem mostrado mais do que uma especifica capacidade de curar ferimentos e queimaduras superficiais. Elas indicam que a babosa é um aditivo alimentar ultra eficiente, capaz de resolver problemas como a úlcera e a má digestão.

Numa das pesquisas, 2O indivíduos que sofriam de úlcera ingeriam uma dose de suco de babosa diariamente, durante um mês. No final do tratamento, todos estavam curados e não se teve notícia de nenhuma reincidência no prazo de um ano. Isto ocorre porque a babosa inibe a secreção do ácido hidroclorídrico no estômago, substância responsável pela irritação das paredes estomacais e o desenvolvimento da úlcera. Como vantagem adicional a babosa revelou não ter nenhum efeito colateral, ao contrário do que acontece com a maioria dos remédios à venda nas farmácias.

Pessoas que passaram a ingerir uma quantidade qualquer de suco de babosa todos os dias disseram estar se sentindo mais regulares em suas funções intestinais, o que, por sua vez, provocou uma melhora sensível no estado geral da saúde.

É claro que há o problema do sabor. Mas isso fica a critério de cada um. Dependendo da, aceitação, ela pode ser misturada a sopas, sucos de fruta, saladas, molhos e até frutos do mar. Use a sua imaginação.

UM REMÉDIO CONTRA A ARTROSE


A fantástica capacidade que a Aloe Vera tem de evitar e resolver problemas no nosso corpo se estende também aos corredores. A começar pela artrose, vimos que a ação das enzimas e lubrificantes de erva ajuda muito quando não é o fator determinante da cura, ou da melhoria. Mas a artrose não é o único problema que pode ser resolvido graças à presença da babosa no tratamento.

Dores musculares, inadaptação ao frio, microfissuras ósseas, tendinites, bolhas nos pés, deslocamento de unhas e até o joelho atleta estão no repertório de milagres que a planta pode realizar, além de outros pequenos problemas.

Depois de fazer uma assepsia no local do ferimento, diz um treinador americano, nós misturamos aspirina transformada em pó com geléia de babosa, e aplicamos na região afetada, a combinação faz com que a aspirina seja levada diretamente ao fluxo sanguíneo, devido à ação penetrante da planta, provocando um alívio em poucos segundos. Achamos que assim a aspirina funciona melhor (quando combinada com a babosa) pelo fato de não estar diluída.

Outro método adotado tem sido o de resfriar a geléia para usá-la em conjunto com um produto chamado metil-salicilato, a fim de estancar o sangramento e a dor, muitas vezes associados à sobrecarga muscular a que se submetem os corredores.

A geléia fria também pode ser utilizada na massagem, de regiões traumatizadas ou simplesmente, doloridas. Seja como for, a presença da geléia de babosa no tratamento de problemas artríticos, musculares ou epidérmicos (comuns em qualquer pessoa que pratique algum tipo de esporte) tem-se mostrado de grande utilidade.

No tratamento da febre, que é quase sempre o sintoma de alguma inflamação, a aplicação de emplastros de geléia de babosa tem resultados altamente positivos. Pela dilatação dos vasos e conseqüente irrigação do sangue para a área afetada, há casos de febres que baixaram em algumas horas.

Uma das pesquisas indicou uma capacidade, ainda não desvendada, de inibir o crescimento de vários tipos de bactérias, incluindo staphylocoecus e salmonela, ambas responsáveis por um sem número de doenças.

Por outro lado, os usos da babosa no tratamento de queimaduras, ulcerações da pele e ferimentos estão bem documentados e provavelmente, estes são os efeitos mais conhecidos. O interesse científico se acentuou em tomo de suas propriedades por volta de 193O, quando as técnicas rudimentares de raios X provocavam, muitas vezes, queimaduras dolorosas que se transformavam em cicatrizes de grande extensão. A aplicação pura da geléia extraídas das folhas ocasionava um alívio imediato. Posteriormente, a geléia passou a ser usada como revestimento protetor aos efeitos das radiografias. Algumas pesquisas realizadas na época concluíram que, em alguns indivíduos, o tecido se recuperou de tal forma que, passadas cinco semanas, o estado geral era melhor que o anterior à aplicação dos raios X.

Décadas mais tarde, instituições como a Comissão de Controle Nuclear do Governo dos Estados Unidos e o Departamento de Saúde afirmaram que o tratamento com babosa era 100% mais eficiente que os tratamentos convencionais utilizados para resolver problemas com radiação beta.

Mas, evidentemente, as pesquisas sobre a planta não se restringiram aos cientistas americanos. Países como a União Soviética, o Egito e também o Brasil fizeram as suas incursões no terreno da especulação e pesquisa científica. Um médico russo afirmou que provavelmente a babosa previne contra a degeneração dos tecidos, retardando o envelhecimento. Uma das pesquisas relata um caso interessante: um operário russo, tendo mergulhado suas pernas até o joelho num recipiente de óleo aquecido, teve os tecidos totalmente, desfruídos. Imediatamente, foi-lhe aplicado um ungüento à base da erva, o que suprimiu a dor em poucos minutos. Após três semanas, ele estava com a pele totalmente, regenerada, pronto para voltar ao trabalho.

As queimaduras solares, embora não sejam tão graves como o caso acima, podem tornar-se extremamente dolorosas. Uma aplicação imediata de geléia de babosa, ou mesmo do suco (que é mais líquido, mas não menos eficiente), tem sido a solução para muitas pessoas que se expuseram à luz solar além do tempo adequado. Ao invés de resolver o problema,muita gente prefere evitá-lo, passando na pele uma loção bronzeadora que contenha babosa em sua fórmula. Uma boa loção permitirá que 75% dos raios ultra?violetas cheguem até a sua pele, impedindo que mais de 90% dos raios infravermelhos o incomodem.

No Egito, os médicos fizeram experiências com a calvície e obtiveram resultados excelentes. Alguns indivíduos tiveram a perda de cabelo totalmente paralisada e o crescimento de novos fios. Mas esta experiência não e uma novidade absoluta. Shampoos com babosa fazem parte do estoques de nossas farmácias desde a década de 6O. A novidade fica por conta do tratamento de seborréia, eliminada totalmente do couro cabeludo de todos os indivíduos que fizeram aplicações de geléia de babosa.

Há vários séculos os índios mexicanos vem utilizando a babosa para dar brilho, força e maleabilidade aos cabelos. À noite, depois de molhar a cabeça, eles impregnam o cabelo com geléia e enxaguam somente no dia seguinte.
Isso se deve ao fato de que a pele e o cabelo são levemente ácidos em sua composição - o que é uma defesa natural contra as bactérias que estão sempre em contato com essas partes. Como a babosa tem o mesmo fator pH do nosso corpo, ela prolonga a proteção contra as bactérias, além de ser antialérgica.

Todas essas informações nos fazem crer que estamos diante de uma planta milagrosa, capaz de curar qualquer coisa, e rápido, e também deter o envelhecimento. Isso é verdade, mas só em parte. Ela pode, realmente, fazer alguns milagres em nós, mas não pode parar o tempo. Trabalhando em conjunto com os hidratantes e emolientes, a Aloe Vera, como é chamada no meio farmacêutico, pode reduzir bastante o ritmo degenerativo das células. Mas jamais fará com que você se tome jovem novamente.

Em suma, há três aspectos fundamentais a serem ressaltados:

  1. Capacidade de penetração nos tecidos sem isso, a babosa não seria o que é, e a água e os hidratantes não poderiam agir.

  2. Capacidade de aumentar a circulação do sangue através disso, ela torna mais rápida a eliminação das células mortas e estimula o crescimento de células novas, provocando a reconstituição dos tecidos e a cicatrização.

  3. Capacidade de gerar um revestimento protetor prevenindo contra o desenvolvimento de bactérias nocivas à saúde.

Afora estas propriedades principais, a babosa possui uma ação anti-séptica, impede a formação de acne e mantém poros desimpedidos. Ela tem sido usada também para dores internas, como músculos doloridos. cãibras e até artrose, com o objetivo de eliminar a dor resultante dessas afecções. Ingerida ou esfregada no local, há casos de pessoas que dentro de um mês, libertaram-se completamente da dor.

Mas é na União Soviética que a babosa foi mais estudada em sua múltiplas facetas. No tratamento de problemas auditivos, por exemplo, descobriu-se que o extrato da planta aplicado diretamente no ouvido melhorou as funções auditivas significativamente, impedindo a destruição das fibras nervosas essenciais. Na tuberculose, os progressos foram ainda maiores.

Setenta e cinco pacientes que sofriam de tuberculose fizeram inalações pela manhã e à noite. Depois de dois ou três dias, as radiografias mostraram que os seus pulmões já estavam apresentando sinais de melhora. Os pacientes tossiam menos, tinham menos dor no peito, o apetite aumentou e a temperatura voltou ao normal. Mais tarde, alguns cientistas americanos, ao estudarem os efeitos da babosa no tratamento da tuberculose, descobriram que a erva era capaz de inibir o crescimento também desta bactéria.

No tratamento da anemia, os soviéticos inovaram, misturando à tradicional solução de ferro uma determinada quantidade de extrato de babosa. O processo a cura se apressou e o sabor da solução se tomou bem mais suportável. Descobriram que a babosa potencializava o efeito do ferro e reduzia a irritação das paredes intestinais.

Na enurese noturna infantil, registrou-se que a babosa, também adicionada a uma solução de ferro, tinha efeitos miraculosos. Após um tratamento de injeções diárias, dosadas de acordo com a idade de cada criança, os sintomas desapareceram completamente. Além disso, desapareceram também os sintomas paralelos, como a palidez, irritabilidade e a perda de apetite.

Outra contribuição soviética para a utilização da babosa foi registrada numa pesquisa sobre a congestão nasal crônica. Em dois testes separados, os médicos soviéticos experimentaram estratégias diferentes: as injeções e as gotas de extrato de babosa diretamente na mucosa. Em ambos os casos, todos os efeitos colaterais dos descongestionantes nasais convencionais foram suprimidos. No primeiro estudo, com 25 pacientes, cinco a seis gotas foram instiladas de duas a três vezes por dia em cada narina. Em 24 horas, todos os sintomas simplesmente sumiram. No segundo estudo, 15 pacientes com congestão nasal aguda receberam aplicações diárias de injeções durante 1O dias. Ao fim deste período, as dores de cabeça desapareceram. eles podiam respirar com bastante facilidade e houve um significativo decréscimo das secreções.

Enfim, testemunhos e relatórios e pesquisas provenientes de todo o mundo parecem não faltar. Embora as aplicações externas sejam mais rápidas do que as internas, os resultados de ambas não deixam dúvidas sobre a real capacidade da erva misteriosa de operar verdadeiros milagres no corpo humano.

E enquanto os cientistas discutem entre si a razão de tanto poder, a babosa continua sendo comercializada e aceita pelo grande público. Resta aos pesquisadores e médicos deste planeta chegarem a um consenso que possibilite o seu uso em larga escala, oficializando e documentando e, principalmente, cercado de fácil acesso. 

OUTRAS DAS MIL E UMA QUALIDADES
DA PLANTA QUE FAZ MILAGRES

QUEIMADURAS SOLARES
Uma imediata aplicação de suco, geléia ou ungüento de babosa proporciona alívio e reduz as complicações posteriores. Ou então, use uma loção bronzeadora que contenha babosa para evitar problemas.
QUEIMADURAS COM RAIOS X
O tratamento com babosa reduziu o tempo de recuperação de 5O%, em vários casos. Os lubrificantes da erva parecem diminuir ou eliminar - a área das cicatrizes.
COAGULAÇÃO
A presença do cálcio na composição da babosa é fundamental no processo de coagulação, além de regular os batimentos cardíacos. Sua função e reduzir drasticamente o tempo necessário à coagulação.
CABELOS
Embora nós já estejamos acostumados a ver shampoos com babosa em nossas drogarias e farmácias, não custa mencionar o fato de que os índios mexicanos a utilizam para dar banho, força e maleabilidade aos cabelos, através de aplicações diárias.
ACNE
A ação anti-séptica da babosa evita o entupimento dos poros, que é o responsável direto pelas espinhas e cravos, mantendo-os livres para respirar. Além de destruir bactérias, ela tem propriedades adstringentes; que podem impedir o aparecimento das cicatrizes.
CONGESTÃO NASAL
A babosa tem sido muito utilizada para combater a congestão nasal com excelentes resultados, provocando nos indivíduos em que foi inoculada - ou injetada - uma respiração mais fácil e uma redução sensível das secreções, além de eliminar por completo a dor de cabeça.

quinta-feira, 4 de março de 2010

> Dolomita

AS MARAVILHAS DA DOLOMITA

O uso medicinal da argila é antigo. Ela estava presente na cosmetologia egípcia. Babilônios, assírios e chineses a utilizavam em problemas digestivos. Avicena, o "príncipe dos médicos", fala da argila, assim como Homero e Hipócrates, o "pai da medicina", a usava interna e externamente.

Talvez o pouco uso da geoterapia se deva à contaminação ambiental, o que restringe o local de coleta a áreas virgens, longe de plantações (por causa de agrotóxicos) e esgotos. A argila deve ser retirada de, no mínimo, 1 metro de profundidade, peneirada e guardada em recipiente não metálico. Algumas vezes deve ser exposta ao sol, antes do uso.

No cenário moderno da geoterapia surge a dolomita, carbonato duplo de cálcio e magnésio, rocha descoberta pelo geólogo francês Deodat Dolmieu, nos Alpes tiroleses (1750- 1801). Desde 1930, é analisada para tratamento de osteoporose. É branca, podendo chegar a uma textura finíssima, o que favorece a absorção.

Falam as pesquisas:

Pesquisas realizadas no Instituto Weismann, de Israel, com um calcário dolomítico brasileiro comprovaram a presença de calcitriol, hormônio que fixa o cálcio nos ossos e atua em mais de 30 tecidos, produzindo aumento de trabéculas de medula vermelha e de massa óssea nos frangos que receberam suplemento do produto na ração, aumento da calcificação da matriz inorgânica, da flexibilidade e maleabilidade da matriz orgânica; redução dos sintomas e dor na osteoporose; estmímulo do crescimento infantil com vantagens sobre o leite de vaca.

O suplemento via oral, em média de 3g por dia, pode ser usado como terapia complementar para tendência à desmineralização óssea, cardiopatias, hipertensão, diabetes, distúrbios gastrointestinais, gastralgias, diarréia, câimbras, tendinite, dores musculares e articulares, fibromialgia, DORT, luxações recidivantes, bursite, processos inflamatórios, baixa imunidade, TPM, cólica menstrual, metrorragia, insuficiência renal, espasmos brônquicos, queimaduras, úlceras de perna, e sempre que for necessária a regeneração tecidual.

Talco

O uso em pó tem ação anti- hemorrágica, desodorante e cicatrizante. Pode ser usado em casos de gengivite, afta, pré- dentição, pós- extração dentária, higiene oral e lesões genitais. Na pele, é aplicado em ferimentos, escoriações, assaduras, mau cheiro nos pés, micoses e após a depilação. Previne escara quando espalhado no lençol de pessoas acamadas, melhorando o deslizamento da pele e aumentando a sua resistência.

Pasta e banho:

Adicionando dolomita à água (2 litros de água para 1/ 2 copo de dolomita) obtém- se uma água argilosa para banho tanto para crianças como adultos, em casos de brotoeja, prurido e problemas dermatológicos. Uma colher (chá) de dolomita em pó num copo de salmoura aumenta o efeito antiinflamatório e analgésico. É usada em gargarejos nos casos de amigdalite e laringite. Em congestão nasal, rinite e sinusite, devem ser aplicadas duas a 3 gotas em cada narina, duas a 4 vezes ao dia.  
Pasta e banho
Misturando- se água à dolomita, na proporção de uma parte de água para duas de dolomita, obtém- se uma pasta homogênea. A água pode ser substituída por chás (gengibre, para dores articulares) ou soro fisiológico (úlceras varicosas). A pasta tem ação analgésica, refrescante, antitérmica, relaxante e cicatrizante. É útil para casos de DORT, dores articulares, erisipela, seborréia, queimadura solar, psoríase e estado febril.

A pasta de dolomita tem uso intravaginal, em casos de candidíase, leucorréias, bem como para hemorróida interna, fissura e prurido anal.

O banho é indicado em casos de fibromialgia, insônia, depressão, pós- lipoaspiração, cirurgia de varizes. O uso estético de dolomita é útil no tratamento de estrias, flacidez, celulite e para amenizar rugas de expressão facial, olheiras, manchas e quelóide.

Cataplasma

A profundidade do efeito da dolomita é proporcional à espessura da aplicação. Atualmente existe uma apresentação prática de cataplasmas de vários tamanhos, fáceis de manejar e fixar. A cataplasma é preparada no tamanho proporcional à região a ser tratada. É aplicada em casos de sinusite, cistite, otite, na região pulmonar, sobre o fígado e em dores articulares crônicas.
Como a argila atrai toxinas para a superfície da pele, lembre- se da importância da desintoxicação intestinal nos casos de constipação, para evitar reações dermatológicas, embora isso seja muito raro. Em tais casos, a aplicação externa deve ser suspensa, utilizando- se apenas o pó, até que o nível toxêmico seja reduzido.

Para potencializar o efeito da dolomita, ela deve estar associada a outras terapias naturais, como a fitoterapia, hidroterapia e dietas especiais. O paciente deve sempre ser aconselhado a melhorar o estilo de vida através da utilização do ar puro, luz solar, água pura, repouso, exercícios, alimentação natural, além de evitar estimulantes, e manter uma atitude confiante no dia- a- dia.